sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

A Terceira Idade

Ontem fui, como convidada, assistir e participar numa Festa especialmente concebida para a Terceira Idade. A "Festa Dourada 2009".
Fiquei encantada com o calor humano.
Fui ler-lhes uma poesia:

História Antiga, de Miguel Torga

Era uma vez, lá na Judeia, um rei.
Feio bicho, de resto:
Uma cara de burro sem cabresto
E duas grandes tranças.
A gente olhava, reparava, e via
Que naquela figura não havia
Olhos de quem gosta de crianças.

E, na verdade, assim acontecia.
Porque um dia,
O malvado
Só por ter o poder de quem é rei
Por não ter coração,
Sem mais nem menos,
Mandou matar quantos eram pequenos
Nas cidades e aldeias da Nação.

Mas, por acaso ou milagre, aconteceu
Que, num burrinho pela areia fora,
Fugiu
Daquelas mãos de senague um pequenino
Que o vivo sol da vida acarinhou;
E bastou
Esse palmo de sonho
Para encher este mundo de alegria;
Para crescer, ser Deus;
E meter no inferno o tal das tranças,
Só porque ele não gostava de crianças.


É bom que haja iniciativas destas para quem já não pode ir a eventos de carácter cultural, sem ser integrado em grupos deste género. Foi muito bom ver o carinho com que as pessoas nos receberam!
Parabéns Drª Fernanda!
É preciso continuar!
Feliz Natal!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A Hora do Almoço


Estou na minha hora de descanso!
Mas esta terra tem tantas coisas, que só tive tempo de ir a correr buscar a máquina fotográfica.
É nestas alturas que tenho pena de não ter uma boa máquina e de não saber tirar fotografias bonitas!
Cairam nesta altura, dos ares três "doses" de pára-quedistas.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Beira Tejo



À beira Tejo com uma bela escultura de um Homem da minha terra!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Até que enfim!!! Voltei

É verdade!
Ao fim de tanto tempo achei que era hora de voltar a dizer os meus disparates.
O tempo não tem sido muito e esta coisa das novas tecnologias é muito interessante, mas já não é assim tão fácil para mim.
Estou a trabalhar, mesmo à beira do Tejo, ainda mais perto do que antes!
Está a ser muito divertido. Amanhã vou colocar umas fotos para verem como é bonito!
Pena é que não haja lá muitas crianças...
e isto de ter filhos e criá-los é muito complicado!
estive a pesquisar umas coisitas sobre o Natal que me fizesse lembrar os natais da minha infância e encontrei a história d'"A Pequena Vendedora de Fósforos" no youtube.
Se quiserem dar uma vista de olhos...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O Mar Fala de Ti



Foto: La tocha, Corunha
Uma pequena maravilha!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A desilusão da Política



Decididamente... quero desistir da política!

Ainda cheguei a acreditar nas teorias do socialismo, do comunismo; partilho firmemente da necessidade de uma mais justa distribuição da riqueza, tal como Jesus Cristo pretendia!
Cheguei a acreditar na eficácia dos sistemas políticos dos países de leste, nos seus sistemas educativos excepcionais, com uma verdadeira educação artística desde muito cedo, com educação desportiva para todos...
Cheguei a crer que eram eles que tinham razão!
Depois vieram as primeiras desilusões!
Quando se verificaram as primeiras fraudes no desporto de alta competição... Os atletas eram de facto muito bons, mas provou-se que o eram graças à utilização de doses elevadas de medicamentos, entre os quais hormonas que lhes davam glória por muito pouco tempo, e lhes tiravam mesmo era a saúde...
Quando se encontraram "colégios" que eram autênticas depósitos/prisões de crianças e jovens com deficiências que eram mantidos nestes locais para que a sociedade não os visse ou pura e simplesmente os ignorasse...
Quando se viram provas de que as pessoas portadoras do HIV, eram mantidas dentro de autênticas prisões, para que não transmitissem o vírus aos outros...
Quando ainda se começaram a ver as riquezas de alguns cidadãos desses países, a aumentar de forma escandalosa, à custa de tantas dificuldades de outros cidadãos que trabalhavam...
Mesmo assim, depois disso, ainda acreditei no PCP, nos seus dirigentes que ainda hoje, alguns, me merecem o melhor respeito e consideração, sobretudo pelas lutas que protagonizaram durante a ditadura.
No entanto quando vejo a "guerra dos votos" e a forma como ela é dirigida, fico de facto desiludida, mas desiludem-me cada vez mais os políticos da esquerda do nosso país.
A discriminação, qualquer que seja, incomoda-me!
Sobretudo, como já disse anteriormente neste blog, a discriminação dos mais fracos.
Serve esta retórica toda para mostrar a minha desilusão. Sinto-me triste quando ouço, políticos, candidatos do PCP/CDU, a criticar os candidatos das outras forças políticas por serem analfabetos, ou jovens sem experiência. Como se as pessoas que não foram à escola, não fossem tão capazes de intervir na vida social e política, como os letrados!...
Como se a política fosse reservada a uma elite como no final do séc.XIX e início do séc.XX!
Como se não pudesse entrar mais ninguém...
Se isto não é discriminação, então o que é?
Decididamente... Quero desistir de intervir. Quero desistir da política!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Os quadros de honra!!!

Há já uns anos que me anda a incomodar bastante esta nova "velha" moda dos quadros de honra. Faz-me lembrar os tempos da "outra senhora" em que se premiavam aqueles que faziam o que o regime pretendia, ou seja, que se limitavam a obedecer, a ler os livros autorizados... Acredito contudo que entre os premiados estariam também alguns que realmente o merecessem.
Parece-me, no entanto que o sistema actual premeia demasiadamente a competição embora não uma competição saudável. Encontramos isso na classe política, todos os dias...e em tantos locais de trabalho. Porque fomentá-lo também junto dos jovens?
Considero que as crianças e os jovens que têm acesso a "entrar" num quadro de honra, já foram sobejamente bafejados pela sorte ao nascer, com as capacidades que lhe permitem fazer as aquisições cognitivas que os deixam ter boas notas na escola, nascer em famílias que têm a capacidade de lhe dar apoio (leia-se cultura, conhecimento, literacia...), ter saúde que lhes permita estudar, não precisar de trabalhar para ajudar ao sustento da família...
Para esses é muito fácil entrar nos quadros de honra!
O que me custa a aceitar é que aqueles que têm menos facilidades, que estudam muito mais que os outros para conseguirem ter, mesmo assim, piores notas que os primeiros que fazem um esforço para aceitar as regras que lhe são impostas, mesmo que lhe pareçam injustas, nunca consigam chegar aos quadros de honra!
Eu, cá por mim, agradeço ter vivido numa época em que esses quadros não existiam, pois se assim fosse, eu seria daquelas que por mais que me esforçasse... nunca conseguiria lá chegar!
E conheço alguns e algumas que a existirem os quadros de honra "no meu tempo", lá estariam seguramente, mas que ainda hoje, mal acabaram o Secundário!

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Porquê este título?

Cá estou eu de novo para tentar explicar o título do blog. Têm-me questionado sobre o assunto, mas é muito simples:
Gente Pequena, porque eu prezo muito todas as crianças do mundo e acima de tudo, respeito-as profundamente, pois como diz o "cliché", são elas o nosso futuro (apesar de eu estar bastante apreensiva quanto ao futuro).
Gente Pequena, porque respeito todos as pessoas pequenas do mundo, uma vez que elas são muitas vezes discriminadas. Pequenas porque são simplesmente anões e tendo estes tanto valor, porque serão tantas vezes ridicularizdos, a fazer números de circo "rasca"?
Gente Pequena, porque são os mais fracos, os mais pobres, enfim os que mais necessitariam de ajuda, solidariedade e valorização.
Gente Pequena, porque eu própria não sou nada grande e por isso cá vou calçando uns sapatitos que ajudam a disfarçar...
Gente Pequena, porque, no mínimo... Tudo quanto é pequenino é engraçado!!!!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Barcarolle

A música que estou a aprender está a tomar-me algum tempo, no entanto é muito bonita e se não acreditam podem espreitar no youtube:


segunda-feira, 8 de junho de 2009

Só agora consegui continuar...
A inquietação de que falava há pouco, prende-se com a minha preocupação de intervenção na vida, em todas as suas vertentes, mas neste momento preocupa-me a vida política.
Ainda hoje, ouvindo o psicólogo Eduardo Sá a falar da necessidade de BRINCAR que todos temos, inclusivé os adultos e não só as crianças, como todos pensam, diziam qualquer coisa como isto: "Se os médicos brincassem às crianças como esta brincam aos médicos... se os políticos..." enfim queria ele dizer que deveríamos dar mais importância ao brincar para que tivéssemos mais respeito pelo que os outros fazem. Ou pelo menos eu assim percebi.
É que eu vejo cada vez menos respeito pelos outros e sobretudo pelas crianças, no nosso país!
Se por acaso alguém (incluindo os próprios pais) der uma palmada a uma criança, poderá ser alvo de processo judicial, mas ninguém é penalizado por desrespeitar o seu trabalho, seja na escola, na família, ou na sociedade em geral.
Hoje aconteceu-me o que nunca me tinha acontecido e que me magou profundamente.
Na escola onde trabalho (como em tantas onde já trabalhei, aliás) funcionou ontem uma mesa de voto.
Acho bem, porque eu sou daquelas que valoriza muito o acto de votar. Penso que devemos ser interventivos na nossa vida para poder exigir dos responsáveis melhores condições de vida.
O que eu já não acho bem é que se destrua o trabalho dos outros.
É que, para além de ter deixado a sala de actividades toda arrumadinha e em condições de receber a visita dos cidadãos eleitores e responsáveis pela mesa de voto, e de a ter de arrumar e limpar toda na manhã seguinte (limpar, sim! porque ela não fiocu nem lá perto como a tinha deixado na sexta-feira) deparei-me com um espectáculo muito triste. Muitos dos trabalhos das crianças que tinha expostos, estavam simplesmente destruídos.
E o que mais me custou, foi que as crianças também ficaram chocadas e eu tive que as tentar convencer que temos que ser superiores a tanta destuição!
Como é que queremos que futuros adultos respeitem os políticos e responsáveis pelas instituições?
Como poderemos convencê-los de que é importnte que intervenham na vida cívica?

Inquietação

"Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação...
Porquê, não sei"

Tal como cantava José Mário Branco, todos os dias eu sofro de tantas inquietações!

Os meus filhos, os meus pequenos alunos, as dificuldades em geral...

Estou hoje a iniciar este blog. Com muitas dificuldades, é certo, mas com muita vontade.
Há muito que o desejava, mas não há dúvida de que seria muito mais fácil se tivesse uns vinte anos a menos. Por outro lado, nós mulheres, estamos sempre a ser solicitadas para todo o tipo de tarefas domésticas e... lá se vai a paridade!
Agora mesmo fui chamada à cozinha...